Mônica Francisco indica imóveis para construção de moradia popular para vítimas da tragédia em Petrópolis-RJ
Deputada Mônica Francisco apresenta indicação que solicita a construção de moradia popular para as vítimas da tragédia, em Petrópolis.
A deputada estadual Mônica Francisco (PSOL), apresentou a Indicação Legislativa nº 549/2022, pela qual solicita a destinação de imóveis localizados no Bairro Fazenda Inglesa e na Estrada Ministro Salgado Filho, para construção de moradia popular para as vítimas da tragédia ambiental na cidade.
A parlamentar justifica que Petrópolis sofre com deslizamentos de massa todo verão, o que coloca diversas famílias em risco, principalmente aquelas que não possuem condições de morar em locais menos íngremes.
– A tragédia desse ano não foi um caso isolado, tragédias dessa magnitude ocorreram em 1988 e 2011, deixando diversas famílias desalojadas, com um aluguel social de valor baixíssimo, o que os obriga a se mudarem para outras áreas de encostas. Ademais, o aluguel social é uma medida provisória, é dever do Estado providenciar, junto aos governos municipal e federal, moradia digna e segura para a população – disse a deputada, que concluiu:
– É triste constatar que o Estado pouco faz para solucionar o problema da moradia da população petropolitana e, pior ainda, constatar que possui imóveis na região que poderiam ser convertidos em moradias. O Estado possui um terreno de 98.000 m² na Estrada Ministro Salgado Filho, no distrito de Itaipava, onde inicialmente era para ser construídas casas para as vítimas das chuvas de 2011, muito embora o terreno continue inutilizado.
Ainda nos termos do proposto por Mônica Francisco, outro imóvel abandonado é a Academia de Formação dos Bombeiros, em Petrópolis. Localizado no bairro Fazenda Inglesa, o prédio custou R$ 4,5 milhões aos cofres públicos no ano de 2013. O imóvel possui 20 mil m², sendo 4 mil m² de área construída, conta com 60 quartos, e está abandonado desde 2016. O local já foi utilizado para abrigar temporariamente vítimas das chuvas de 2011.
Imóveis desta magnitude devem ser utilizados para minimizar os impactos da tragédia vivida em Petrópolis nas últimas semanas. Chega a ser desrespeitoso com a população petropolitana e com o restante da população do Estado do Rio de Janeiro, que imóveis que custaram tanto aos cofres públicos não sejam revertidos para a população, pontua a parlamentar.